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Primeiro que o cigarro aumenta os riscos de problemas respiratórios durante a cirurgia, como uma parada respiratória, depois que compromete a síntese de colágeno e diminui os níveis de Vitamina C o que prejudica a cicatrização. O cigarro tem influência significativa na oxigenação do corpo pelo sangue, na distribuição dos nutrientes para a manutenção, regeneração da pele e dos tecidos. Portanto é necessário que a pessoa que tenha interesse em passar por uma cirurgia plástica, avise o médico que é fumante e que se prepare para se submeter a ela.

O fumante deve parar pelo menos 02 meses antes e 02 meses após até que a cirurgia esteja totalmente cicatrizada. Se não fizer tal regime, corre o risco de ficar com a pele necrosada e infeccionada. Ademais, poderá ocorrer o rompimento das suturas, além de queloides, manchas e até mesmo trombose, entre outros aspectos agravantes.

Outro problema é que geralmente o fumante tem pigarro e tosse podendo  desenvolver enfisema e ter aumentada a produção de muco, o que pode resultar em pneumonias. A tosse ainda pode causar sangramentos e hematomas, o que poderá exigir uma nova operação para retirada desse sangue que acumulou na região operada.

Fora a tosse ainda há o risco de  trombose que é a formação de coágulos sanguíneos na veias localizadas na parte inferior do corpo, normalmente nas pernas, cuja incidência é mais rotineira nas anestesias raquidianas, peridurais e gerais.

Mesmo sabendo de todos os riscos, você decide que quer se submeter a cirurgia, então terá que seguir rigorosamente as recomendações antes e depois do cirurgião plástico para evitar intercorrências que no caso do fumante são muito agravadas.

E lembre-se sempre que o pós-operatório seguido à risca influencia praticamente 50% no resultado. Pacientes que não fazer o repouso recomendado, nem tomam os medicamentos receitados pelo cirurgião plástico podem não alcançar o resultado esperado.

Uma dica como médico, se você conseguiu parar de fumar por 02 meses para se submeter a cirurgia será que não vale a pena fazer mais um esforço e tomar uma atitude eliminando esse vício da sua vida?

Vale a pena pensar. Todos nós envelhecemos. Cabe a nós resolver se será com qualidade de vida ou não.

fonte: Jornal A Hora, escrita pelo Dr. Benedito Figueiredo Junior