As estrias são apontadas, normalmente, como algo que incomoda muito, principalmente as mulheres. Elas são cicatrizes que se formam em áreas propensas à distensão da pele, ou seja, quando há destruição de fibras elásticas e colágenas, que são responsáveis pela sustentação e elasticidade da cútis.
É importante ressaltar que essas fibras são feitas para suportarem certo limite. Se ele for ultrapassado e elas forem esticadas de forma excessiva, aí as estrias aparecem. Não existem idade nem sexo específicos para o aparecimento dessas marcas, pois elas afetam homens, mulheres em idade adulta e adolescentes. As regiões mais atingidas são os quadris, coxas, nádegas, culotes e mamas.
Essas lesões costumam aparecer, principalmente, em pessoas com “efeito sanfona” (ganho ou perda de peso de maneira rápida), crescimento rápido na adolescência, excesso de exercícios, gravidez, aplicação de implantes mamários, uso de corticoides, sendo maior em quem tem grande ressecamento da pele.
Quando a prótese de silicone é colocada nas mamas, ela provoca uma distensão de todos os tecidos mamários, inclusive a pele da região. Sempre que há essa distensão para fazer o procedimento, ela pode sofrer um rompimento das camadas mais profundas, originando as estrias. E, quanto maior a distensão da pele, maior a probabilidade de surgimento de estrias. Então, é fato que próteses maiores resultarão em maiores chances de desenvolvimento de estrias no pós-operatório!
Entretanto, as estrias podem surgir após a colocação de qualquer tamanho de prótese, porque a capacidade de tolerar a distensão da pele é uma característica individual de cada paciente, não sendo previsível se a paciente terá ou não estrias na mama após colocar prótese. O que o cirurgião pode fazer a respeito é avaliar muito bem o biótipo da paciente, principalmente a rigidez e elasticidade da pele e indicar a colocação de próteses que sejam adequadas às mamas da paciente para produzir um resultado bonito sem exagerar no tamanho (maior fator de risco para surgimento de estrias), com o intuito de diminuir a chance de as estrias aparecerem, embora o risco nunca possa ser totalmente eliminado.
A adequação do formato e volume do implante em relação ao tórax, volume prévio das mamas da paciente e características da pele será a forma mais eficaz para se prevenir o aparecimento das estrias.
Porém, a hidratação é uma maneira que a paciente deverá utilizar para prevenir que as estrias surjam depois de colocar silicone nos seios. Mesmo que seja importante hidratar a pele após a cirurgia, começar com esse procedimento antes do procedimento pode diminuir a chance da formação das estrias. Entretanto, depois da cirurgia, é importante permanecer com o tratamento.
Para promover a hidratação da pele após colocar silicone nos seios, a paciente deve usar cremes e óleos corporais que vão ajudar a repor as propriedades da pele perdidas pelo estiramento intenso. Por isso, é importante procurar substâncias que estimulem essa hidratação.
Existem algumas loções que já são próprias para a prevenção de estrias e, é claro, você não precisa esperar que elas surjam para começar a usá-los. Aplique esses cremes com frequência, geralmente após o banho, e massageie por um tempo. Assim, facilitará a penetração da substância na pele.
Cremes que contenham óleo de amêndoas, semente de uva, ureia e vitamina E sao comumente indicados para hidratar, dar firmeza e elasticidade à pele. Mas lembre-se que a orientação do seu médico para escolher o creme será o mais correto para cada paciente.
Com esses cuidados, as chances de uma pessoa ter estrias nos seios depois do implante de silicone diminuem. Torne essa prática uma rotina, mesmo que as estrias não surjam depois de um longo período da operação. Hidratar a pele é essencial para mantê-la saudável, jovem, firme, brilhante e também previne que as estrias surjam por outros motivos como a gravidez, ganho ou perda rápida de peso e outros fatores.
Concluindo, implantes de silicone podem proporcionar formação de estrias, mas alguns cuidados especiais podem ajudar a evitá-las. Procure seu médico de confiança e saiba mais.
fonte: Portal UAI, escrita pelo Dr. Alexandre Meira