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A otoplastia é a cirurgia que corrige as deformidades das orelhas. Pode ser considerada cirurgia estética nos casos de orelhas proeminentes (também chamadas de orelha de abano), nos casos de orelhas grandes (condição rara, conhecida como macrotia na literatura médica), e pode ser reparadora nos casos de deformidades congênitas chamadas de microtia (orelhas pequenas e deformadas).

– Geralmente, as otoplastias estéticas (orelhas proeminentes e macrotias) não estão relacionadas com a presença de perda auditiva, o contrário é verdadeiro nos casos de microtia, quando a deformidade externa (do pavilhão auditivo) pode estar associada a alterações do canal auditivo, e das orelhas médias e internas e, portanto, nestes casos, há presença de perdas auditivas –, explica o otorrinolaringologista e cirurgião, Dr. Diego Hermann.

As orelhas de abano são muito comuns, geralmente, já presentes nos primeiros meses de vida, e podem causar constrangimento e serem motivo de bullying, principalmente, após a entrada na escola.

A cirurgia é indicada nos casos de orelhas de abano e que causem algum tipo de dano psicológico a essas crianças. Também pode ser realizada em adultos que sejam traumatizados com a forma ou posição da sua orelha. Usualmente, o procedimento é indicado a partir dos 6 anos ou quando o formato da orelha já esteja completo. Em crianças, até a adolescência, a cirurgia é feita sob anestesia geral, já em adolescentes e adultos, pode ser feita sob anestesia local. Em ambas as situações o paciente tem alta no mesmo dia da cirurgia.

A incisão (corte) é realizada atrás da orelha, para não deixar cicatriz visível; e os pontos são retirados a partir do 10º dia de pós-operatório. Geralmente se faz necessário o uso de uma faixa de elástico em torno da cabeça, na altura das orelhas, para protegê-las durante o dia e durante o sono, por 15 dias. “O resultado se observa a partir de 15 dias e o resultado final, após 30 dias da cirurgia”, informa o médico. Neste período não é indicada a prática de esportes.

– A otoplastia não é considerada uma cirurgia dolorida, os anti-inflamatórios e analgésicos comuns são suficientes para controlá-la neste período –, finaliza.

fonte: Folha do Noroeste, escrita pelo Dr. Diego R. Hermann