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O Journal of The American Society of Plastic Surgens destacou, em artigo no começo de 2019, que millenials buscavam procedimentos estéticos para parecer com sua versão aprimorada das redes sociais – o que foi chamado de Dismorfia Snapchat ou Dismorfia Instagram. Segundo o cirurgião plástico Paolo Rubez, esta perfeição desejada para ter mais seguidores pode ter se agravado durante a pandemia da covid-19 em que se passa mais tempo conectado. “As pessoas ficam se autoavaliando e procurando ‘defeitos’ para que possam melhorar. Assim como veem as celebridades e os influencers divulgando um tratamento, elas procuram pelo mesmo procedimento oferecido”, acrescenta o médico que é também membro titular da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, da Sociedade Americana de Cirurgia Plástica (ASPS) e da International Society of Aesthetic Plastic Surgery (ISAPS). “O fenômeno das selfies fez aumentar tanto as cirurgias quanto os procedimentos estéticos não cirúrgicos", comenta.

Entre o que é visto offline e sua versão postada, o expert esclarece que os ângulos de câmera “são um grande fator que afeta a maneira como nos observamos. Se a lente estiver muito próxima do nariz, por exemplo, ele ficará maior do que na vida real. Se sua câmera estiver inclinada abaixo do seu rosto, mostrará partes do seu rosto que você não vê ao olhar diretamente. E se você for fotografado embaixo de uma fonte de luz, ao lado da luz, ele lançará sombras em seu rosto e corpo."

fonte: GQ, escrita por Ademir Correia