Ter um corpo perfeito e manter a boa forma é, sem dúvida, o sonho de muitos. Não à toa, as academias e os boxes de crossfit estão cheios de pessoas que compartilham do mesmo objetivo: ter um corpo de revista.
Em razão disso, o número de cirurgias plásticas com fins estéticos tem crescido no Brasil. Dados da Sociedade Internacional de Cirurgia Plástica Estética (ISAPS), divulgada em dezembro de 2019, mostra que foram registradas mais de 1,4 milhão de cirurgias plásticas estéticas no país, além de mais de 969 mil procedimentos estéticos não-cirúrgicos, tornando o Brasil o país que mais realiza cirurgias plásticas no mundo.
A advogada Márcia Figueiredo está entre as milhares de mulheres que ajudaram a engrossar essas estatísticas. Hoje, após uma abdominoplastia e uma mastopexia (cirurgia na mama), a advogada se sente realizada. “Não fiz nada para me exibir, fiz pra mim, pela minha saúde e satisfação com meu corpo. Hoje, eu me amo muito mais”, revela.
Consórcios
Outros fatores que têm contribuído para o aumento no número de cirurgias plásticas são as diversas formas de pagamento, que permitem que muitas pessoas consigam se organizar financeiramente para realizar a cirurgia plástica dos sonhos. Além do parcelamento e financiamento, é possível pagar o procedimento com um consórcio. É isso mesmo, consórcio!
No caso das cirurgias plásticas, o consórcio funciona mais ou menos como o de um carro ou de um imóvel. Fora os consórcios para aquisição de imóveis e veículos, reformas e viagens, os procedimentos estéticos contribuíram significativamente para o aumento do volume de crédito comercializado via consórcio de serviços.
Juntos, de janeiro a abril deste ano, o valor de crédito comercializado chegou a R$60 milhões, um crescimento de 126% em comparação com o mesmo período do ano passado, segundo dados da Associação Brasileira de Administradoras de Consórcios (Abac).
Como funciona o consórcio para cirurgia?
O cirurgião plástico Felipe Neto, que trabalha com diversas formas de pagamento, revela que depois que passou a aderir à modalidade de consórcio, a procura por procedimentos cirúrgicos em sua clínica de São Luís aumentou consideravelmente. “O paciente faz a consulta e eu apresento a ele o valor dos meus honorários. Em seguida, o paciente procura o hospital, confere o valor do anestesista, do pacote todo, leva ao banco e aguarda a aprovação”, detalha o cirurgião.
Já com o valor em mãos, o paciente busca o banco de sua preferência e escolhe o valor da carta de crédito, ou seja, o quanto você pretende gastar com o procedimento. Em seguida, a empresa que administra consórcios abre um grupo para quem tem interesse em um consórcio de serviços, nesse caso, a classificação de consórcio para cirurgia plástica.
A partir daí, os participantes passam a pagar as parcelas ao longo do período previsto para a duração do contrato, e a administradora gerencia o dinheiro e os sorteios. Seguindo a regra dos consórcios, a cada mês uma pessoa é sorteada e, mesmo com o dinheiro em mãos, continua pagando as parcelas mês a mês até que o contrato do consórcio se encerre.