breast-correction-and-plastic-surgery-p8ryewb-vy5EWZ.webp

Embora a maioria dos pacientes procure a cirurgia plástica visando fins estéticos, em muitos casos também pode ser aplicada uma cirurgia plástica reparadora, que ajuda a aumentar a autoestima e melhorar a qualidade de vida dos indivíduos. Normalmente, elas são indicadas quando há alguma deformidade congênita (de nascença) ou algum trauma na região — como queimaduras, por exemplo.

Brasil é considerado o líder mundial no ranking de cirurgias plásticas
Segundo dados da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP), o Brasil já ultrapassou os Estados Unidos no número de intervenções cirúrgicas. De acordo com o último levantamento foram realizadas mais de 1 milhão 498 mil cirurgias plásticas estéticas em nosso país, além de mais de 969 mil procedimentos estéticos não-cirúrgicos.

Dentre as cirurgias mais buscadas estão o aumento mamário com próteses de silicone, a lipoaspiração e a abdominoplastia. No entanto, desse total, pelo menos 40% são cirurgias reparadoras, que visam devolver a capacidade funcional do indivíduo. É possível realizar essas cirurgias reparadoras pelo convênio do seu plano de saúde ou por meio do Sistema Único de Saúde (SUS). Confira mais informações!

Cirurgias reparadoras mais comuns

1. Cirurgia plástica reparadora para pacientes de bariátrica
Geralmente, a cirurgia bariátrica é a opção de pessoas que apresentam grau de obesidade elevado e que não conseguem perder peso com as formas tradicionais de emagrecimento (dieta e exercícios). Embora seja considerada uma cirurgia de risco, ainda é muito realizada em todo o país.

E isso porque as pessoas geralmente se submetem a uma cirurgia bariátrica por motivos de saúde, pois o peso excedente representa riscos, como hipertensão, diabetes mellitus e doenças articulares.

“A mudança física decorrente da cirurgia acontece de forma rápida e, com isso, o paciente acaba ficando com um grande excesso de pele em áreas como costas, braços, abdômen e coxas, o que favorece o surgimento de doenças de pele. Nesses casos, são indicadas cirurgias plásticas reparadoras para a retirada da gordura localizada e o excesso de pele’, explica o cirurgião plástico Alexandre Kataoka, que é Membro Titular da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica.

Desde 2019, a cirurgia reparadora pós-bariátrica é custeada pelos planos de saúde. A técnica consiste em um conjunto de procedimentos que removem esse acúmulo de pele e acabam com a flacidez, melhorando a aparência da região. Após a avaliação médica, podem ser indicados diversos procedimentos, como por exemplo: lifting da parte inferior do corpo, dos braços e coxas; elevação da mama e abdominoplastia.

2. Cirurgia plástica reparadora de queimaduras
As queimaduras graves comprometem a sensibilidade da pele, limitam sua elasticidade e podem atingir até nervos e músculos, conforme sua profundidade. Por isso, nesses casos, realizar uma cirurgia plástica reparadora é aconselhável.

“Dependendo do nível da queimadura e sua gravidade é fundamental recorrer a uma cirurgia plástica reparadora para que possa ser feita a reconstrução da pele que foi lesionada e reabilitar o paciente para que ele possa recuperar suas funções e atividades normais”, explica o Dr. Alexandre Kataoka.

Segundo o médico, não é o caso das queimaduras leves, já que essas são clinicamente tratáveis, com o uso de medicamentos e produtos para hidratação da pele.

3. Cirurgia para câncer de pele
O câncer de pele, que a todo ano atinge cerca de 6 mil brasileiros, segundo dados do Instituto Nacional de Câncer (INCA), é um dos mais comuns. Ele pode ocorrer em qualquer parte da pele e o seu tratamento pode ocasionar cicatrizes ou a desfiguração da região em que o tumor se encontra. Além disso, ele pode deixar o local mais sensível e até mais suscetível a alguma bactéria ou doença mais amena.

“E ainda, ele eterniza também a lembrança de um momento doloroso e compromete a integridade da pele. Aí entra a cirurgia plástica reparadora, para amenizar todos esses fatores e também tentar conservar ao máximo a aparência da pele”, detalha o Dr. Alexandre Kataoka.

fonte: Seleções, escrita por Juliana Monsores