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No Brasil, a cirurgia plástica infantil ainda não é tão comum como nos Estados Unidos. Talvez porque, atualmente, os americanos têm enorme histórico com o bullying, prática que mais incentiva crianças e adolescentes a passarem por procedimentos estéticos reparadores ainda tão jovens.

Entretanto, os números por aqui também são preocupantes. O ambiente das escolas brasileiras é duas vezes mais suscetível ao bullying do que a média geral das instituições de ensino em 48 países, segundo dados da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). Ou seja, precisamos zelar pela saúde mental de nossas crianças e redobrar a atenção ao escolher o cirurgião plástico.

Sempre que procurado pela família e pela criança, o especialista deve conversar com o paciente em questão, entender a matriz de seu problema, explicar sobre as mudanças que ocorrerão após o procedimento para que o paciente se sinta seguro sobre todo o processo cirúrgico.

É fundamental que o médico tenha registro de especialidade no Conselho Regional de Medicina (o Registro de Qualificação de Especialista poderá ser pesquisado no site do CRM). Além disso, ele deverá ser associado à Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP), uma entidade afiliada à Associação Médica Brasileira, que é a responsável pela formação e titulação do especialista em Cirurgia Plástica.

De acordo com a Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP), a procura por procedimentos em crianças de até 5 anos aumentou consideravelmente em 2016. Ainda segundo as estatísticas, a quantidade de procedimentos nos primeiros anos de vida se deve, principalmente, a procedimentos reparadores. Já de 6 a 15 anos, o aumento foi bem menor, nesse mesmo período.

Em casos como lábio leporino ou problema na coluna, muitas crianças são operadas assim que nascidas, a fim de evitar que sofram algum dano na autoestima ou mesmo na saúde, posteriormente.

Há ainda a procura por procedimentos cirúrgicos como forma de solucionar um desconforto estético da criança, como ocorre, por exemplo, com a otoplastia - correção das orelhas- ou ainda a redução de mamas, já na adolescência.

Outro receio dos pais em relação à cirurgia plástica infantil é a anestesia. A anatomia da criança exige ajuste na dosagem dos medicamentos e atenção especial a alguns pontos, como o sistema respiratório. Por não compreenderem o que esta acontecendo, não tem condições de ficar acordada durante uma cirurgia. Por isso, quase toda anestesia que os pequenos tomam, mesmo que seja para algo mais localizado, exige anestesia geral, ainda que com uma dose leve.

O pequeno paciente passa por uma consulta prévia com o anestesiologista, com intuito de identificar possíveis fatores que aumentem o risco de complicações.

Seja para combater o bullying ou corrigir outro problema de saúde, a Cirurgia Plástica pode ser uma grande aliada das crianças e adolescentes. Por isso, não tenha receio em dialogar com seu médico, em ser transparente com seu filho e apoia-lo nesse momento.

fonte: Portal UAI, escrita por Alexandre Meira