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Existem alguns marcadores do envelhecimento biológico e molecular, como o açúcar, o tabagismo, a má qualidade do sono, mas o pior é realmente o sol. Ele leva à desnaturação celular e acelera o envelhecimento cronológico com aparecimento de manchas, rugas e flacidez. “A exposição solar sem a questão da fotoproteção é o mais importante agressor, que leva a um dano cumulativo, inclusive com a formação de dímeros de pirimidina, com mudanças nas bases do DNA que provocam reações de mutação celular, com consequente fotoenvelhecimento precoce, inflamação e cancerização”, afirma a Dra. Claudia Marçal, dermatologista da Sociedade Brasileira de Dermatologia e da Academia Americana de Dermatologia. “De maneira geral, o sol é responsável por cerca de 80 a 90% do envelhecimento da pele. Entretanto, alguns indivíduos apresentam maior suscetibilidade ainda ao fotoenvelhecimento, que é quando a pele envelhece prematuramente devido à exposição solar em excesso. Por exemplo, alguns indivíduos podem apresentar uma variante do gene MMP1 que leva a maior produção da enzima MMP1, que em excesso, degrada o colágeno, que é um constituinte importantíssimo da pele, levando à formação de rugas”, afirma o geneticista Dr. Marcelo Sady, Pós-Doutor em Genética e diretor geral Multigene.

De acordo com a Dra Claudia Marçal, esse dano acontece antes mesmo da pele ficar vermelha. “Na fase pré-eritematosa, ou seja, antes da vermelhidão, nós temos danos significativos e que vão alterar de uma maneira praticamente irreversível o DNA dessas células. E esse efeito cumulativo, esse dano irreversível, vai sendo cada vez mais potencializado pelas múltiplas exposições ao sol, onde a pele não está devidamente protegida”, conta. De acordo com a cirurgiã plástica Dra. Beatriz Lassance, membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, os raios UVA e UVB aumentam a produção de radicais livres e diminuem a barreira antioxidante. “Esse estresse oxidativo pode danificar proteínas como o colágeno, causando flacidez, rugas profundas, falta de elasticidade da pele, pode danificar o DNA das células, aumentando a incidência de câncer de pele e ainda danificar lipídeos deixando a pele mais seca e sem viço. Os efeitos do Sol são cumulativos, ou seja, uma vez ocorrido o dano, o organismo não consegue repará-lo completamente, o uso de filtro solar deve ser contínuo, durante toda a vida. Vemos pacientes com câncer de pele que tomaram muito sol na infância e adolescência, quando a importância da proteção não era evidente”, afirma a Dra. Beatriz.

Além disso, a dermatologista alerta para a presença em cultura de células, em peles fotoenvelhecidas, das sunburn cells, células queimadas pelo sol. “Quando fazemos exames como a avaliação microscópica de imunofluorescência, é possível perceber a presença das sunburn cells, que estão presentes quando houve a quebra da barreira, ou seja, a pele não conseguiu se proteger, o filtro solar estava aquém da necessidade para aquele fototipo, ou o estímulo solar foi prolongado demais, ou não houve a reaplicação desse filtro solar. E por conta disso essa pele sofre uma série de alterações, todos decorrentes de um primeiro processo inflamatório, onde ocorre o eritema, a vasodilatação, o aumento da perfusão sanguínea, a sensação de calor local, depois o processo de ardência e, então, já começam os processos oxidativos, que é a formação dos radicais livres e superóxidos que causam um envelhecimento precoce das células, podendo, inclusive, levar à mutação celular e processo de cancerização”, argumenta a Dra. Claudia.

Outro risco da exposição solar contínua é perder a defesa imunológica feita pelas células de Langerhans. “Quando isso acontece, nós aumentamos a chance de cancerização da nossa pele. Ou seja, o campo de cancerização se torna muito maior e a predisposição aumenta a cada nova exposição”, comenta a dermatologista.

Como garantir proteção eficiente
A exposição solar deve ser feita, de preferência, até as 10horas da manhã e depois das 16horas, porque nesses períodos existe uma menor incidência da radiação ultravioleta B. “Das 10h às 16h, há a combinação da radiação ultravioleta B com a radiação ultravioleta A, de raios mais curtos e mais longos, o que acaba trazendo não só a queimadura como um risco maior do câncer”, afirma a Dra. Claudia. Além desses horários, o filtro solar, explica a médica, deve ser aplicado no mínimo 30 minutos antes da exposição solar direta, além de ter FPS de no mínimo 30 e peles mais claras devem usar FPS 50. “Esse protetor solar deve combinar filtros químicos e físicos. Os filtros físicos são partículas inorgânicas que refletem ou dispersam a radiação, já os químicos são partículas orgânicas que absorvem o fóton de energia. Mas os filtros físicos bloqueadores à base de dióxido de titânio, óxido de ferro e zinco são fundamentais. Eles agem como uma parede de tijolos — onde a luz bate e volta sem absorvência. Os filtros químicos são importantes, mas altamente instáveis; então na sudorese, na água do mar, a molécula fica quimicamente instável e deixa de proteger”, conta a dermatologista. O filtro deve ter proteção eficiente contra as radiações UVA e UVB, mas também deve proteger da luz visível e da Infrared — hoje é uma unanimidade mundial a necessidade do amplo espectro do filtro solar.

Além do uso de chapéus, bonés e roupas com FPS 50, é necessária a reaplicação do protetor a cada 2 horas ou após 20 min na água e na quantidade correta. “Escolha protetores com formulação que, além do FPS, tenham extratos calmantes como edelweiss, physalis com ação antioxidante e vitaminas com ação antirradical livre e protetora dos danos causados pelo infrared, como a vitamina E, vitamina C, nicotinamida, entre outras”, afirma a médica. Um complemento pode vir das cápsulas com substâncias antioxidantes como Bio-Arct e Glycoxil, além de Polipodium Leucotomos.

Na prateleira
No mercado, existem cada vez mais opções sofisticadas em produtos que reúnem diversos benefícios em um só produto de proteção solar. Conheça alguns deles:

*Solar Hidra Active, da Buona Vita, é um fotoprotetor multifuncional com FPS 30 para peles normais e secas que protege contra os malefícios dos raios UV, da luz visível e da poluição na pele, além de contar com ingredientes antienvelhecimento. O protetor possui exclusiva formulação livre de óleo mineral, sem adição de parabenos e fragrância, também indicado para peles sensíveis. Graças ao Glycofilm, um ativo antipoluição, o produto impede que poluentes se alojem na pele, colaborando assim para evitar o envelhecimento precoce. O ativo Dragosine é responsável pela ação antiglicante (contra os malefícios do açúcar na pele) e antioxidante (impedindo a formação de radicais livres).

*Hidra Milk Sun, da Buona Vita, é um fotoprotetor de alta proteção contra queimaduras solares e especialmente formulado para peles mistas, oleosas e acneicas, Hidra Milk Sun vem em nova fórmula, protegendo também contra os danos causados pela luz visível e com ação antioleosidade. Destaque na fórmula, o ativo Hygeaphós é responsável pela ação seborreguladora, reduzindo a oleosidade excessiva e indispensável para peles acneicas.

*Biosole AV FPS 50, da Ada Tina Italy, é um protetor solar anti-idade para o rosto capaz de aumentar a firmeza da pele graças a suas propriedades pró-colágeno e antioxidantes. O produto é formulado com Difendiox, um poderoso antioxidante que protege a pele contra os sinais do envelhecimento causados pela radiação solar dos raios UVA, UVB e Infavermelho. É indicado para as peles que sofrem com sinais do envelhecimento e necessitam de proteção para o colágeno e DNA da pele, oferecendo 12 horas de alta proteção solar.

*Pure C FPS 50, da Ada Tina Italy, é um protetor solar formulado com Vitamina C em alta concentração com eficácia anti-idade 360°, conferindo ação antiaging, antioxidante e antiglicante para combater e prevenir todos os sinais do envelhecimento da pele. Garantindo 12 Horas de alta proteção UVA e UVB, o produto, além da Vitamina C, também conta com Niacinamida, Difendiox e Vitamina E para reduzir rugas, linhas de expressão e flacidez, além de promover efeito lifting e aumentar a sustentação da pele, melhorando sua textura e uniformidade.

fonte: Segs, escrita por Maria Claudia Amoroso